19 de fevereiro de 2014

Exposição Do Baú da Vovó

Publicada em: 02/10/2013 - 17:25

Biblioteca Pública Municipal recebe obras de artista

Exposição de Ivana Tissot está na Sala de Exposição da Biblioteca Pública

Créditos: Divulgação
Biblioteca Pública Municipal recebe obras da artista
As peças Do Baú da Vovó trazem novos significados e cores para a Sala de Exposição da Biblioteca Pública Municipal Arno Viunisk. São tecidos, botões, broches, fitas, laços, flores, retalhos e uma infinidade de outros elementos oriundos do baú da Dona Zélia, avó da artista plástica Ivana Tissot, que compõem a exposição e encantam pelos detalhes. A exposição faz parte do Projeto Arte na Biblioteca.

Formada em Educação Artística/Artes Plásticas e especialista em Arteterapia, Ivana usou da assemblagem para construir a exposição. Em suas produções mais recentes, diferentes itens são incorporados à obras de arte, além de técnicas como pintura, escultura, colagem e uma série de articulações. O termo cunhado na década de 50, permite incorporar elementos diferenciados no trabalho artístico, sem que nenhum elemento deixe de apresentar sua originalidade.

A ecologia e a sustentabilidade também são focos na produção de Ivana, que expressa preocupação com o meio ambiente ao incentivar a reutilização de materiais descartáveis em suas obras. Cascas de árvores, sementes, madeiras de demolição, pedras, papeis, tecidos, pastilhas de vidro e azulejos, são algumas das opções que a artista plástica utiliza.

A exposição Baú da Vovó é gratuita e segue até o dia 30 de novembro. O público pode apreciar o trabalho nos turnos da manhã, das 8h ao 12h, e tarde, das 13h30min às 17h30min.

28 de agosto de 2013

Assemblagens

Título: Vista da Manhã
Técnicas utilizadas: Mosaico, pintura, crochê e colagem sobre janela de demolição.
Dimensões: 127  x 73 cm
Ano: 2013


Título: Simplesmente Neusa
Técnicas utilizadas: Recorte e colagem, mosaico, pintura e crochê.
Dimensões: 100  x 100 cm
Ano: 2013





Título:Áurea
Técnicas utilizadas: Recorte, colagem, mosaico, pintura e crochê.
Dimensões: 47  x 97 cm
Ano: 2013




Título:Zélia
Técnicas utilizadas: Recorte, colagem, mosaico, pintura 
e crochê (direto da casa da vó).
Dimensões: 40  x 78 cm
Ano: 2013







Título:Verão de 94
Técnicas utilizadas:Recorte e colagem, mosaico, pintura 
e crochê.
Dimensões: 50  x 69 cm
Ano: 2013





Moldura de madeira de demolição, retalhos de tecido, pastilhas de vidro 
e um "mimo" antigo sobre sobras de Eucatex. 
Dimensões: 48 x 60 cm
Ano: 2012





Moldura de madeira de demolição, retalhos de tecido, pastilhas de vidro 
e um "mimo" antigo sobre sobras de Eucatex. 
.Dimensões:  70 x 44 cm
Ano: 2012





Moldura de madeira de demolição, retalhos de tecido, pastilhas de vidro 
e um "mimo" antigo sobre sobras de Eucatex. 
35 x 30 cm


Assemblage
   
Definição
O termo assemblage é incorporado às artes em 1953, cunhado pelo pintor e gravador francês Jean Dubuffet (1901-1985) para fazer referência a trabalhos que, segundo ele, "vão além das colagens". O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte. O trabalho artístico visa romper definitivamente  as fronteiras entre arte e vida cotidiana; ruptura já ensaiada pelo dadaísmo, sobretudo pelo ready-made de Marcel Duchamp (1887-1968) e pelas obras Merz (1919), de Kurt Schwitters (1887-1948). A idéia forte que ancora as assemblages diz respeito à concepção de que os objetos díspares reunidos na obra, ainda que produzam um novo conjunto, não perdem o  sentido original. Menos que síntese, trata-se de justaposição de elementos, em que é possível identificar cada peça no interior do conjunto mais amplo. A referência de Dubuffet às colagens não é casual. Nas artes visuais, a prática de articulação de materiais diversos numa só obra leva a esse procedimento técnico específico, que se incorpora à arte do século XX com o cubismo de Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963). Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de jornal, papéis de todo tipo, tecidos, madeiras, objetos etc. -, a colagem liberta o artista de certas limitações da superfície. A pintura passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que pode dificultar o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura. Em 1961, a exposição The art of Assemblage, realizada no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York, reúne não apenas obras de Dubuffet, mas também as combine paintings de Robert Rauschenberg (1925-2008) e a junk sculpture, e isso leva a pensar que a assemblage como procedimento passe a ser utilizada nas décadas de 1950 e 1960, na Europa e nos Estados Unidos, por artistas muito diferentes entre si.
Na obra de Dubuffet, a ênfase recai sobre a matéria, desde as Texturologias, produzidas em fins da década de 1950, que se caracterizam, como o título indica, pelas texturas experimentadas com cores e materiais diversos. Na seqüência, o artista caminha na direção das assemblages pela incorporação de materiais não artísticos nas telas: areia, gesso, asas de borboleta, resíduo industrial etc. Na Itália, Alberto Burri (1915-1995), autor de pinturas e colagens, volta-se na década de 1950 para pesquisas semelhantes, explorando as potencialidades expressivas da matéria com resultados distintos. Os trabalhos são fruto do ato de soldar, costurar e colar sacos, madeiras, papéis queimados, paus, latas e plásticos (Saco, 1953, Combustões, 1957, e Ferros, 1958). Suas pesquisas com lixo e sucata prefiguram a arte junk norte-americana e a arte povera italiana. Na Espanha, a "pintura matérica" realizada por Antoni Tápies (1923-2012), no mesmo período, utiliza cimento, argila, pó de mármore, materiais de refugo (restos de papel, barbante e tecidos), partes de móveis velhos etc. Sua crença nas possibilidades abertas pelo uso artístico de materiais cotidianos encontra-se explicitada no ensaio Nada É Louco(1970). Nos Estados Unidos, Rauschenberg denomina combine paintings as assemblages que começa a ensaiar em 1951 pela aplicação de diversos materiais sobre a tela, sobretudo papéis e materiais planos. A partir de 1953, o leque de elementos utilizado se amplia (Bed, 1955, e Canyon, 1959). A abertura da pesquisa com materiais remete às influências do músico John Cage, com quem aprende a assimilar informações díspares do entorno, das cidades e da vida cotidiana. As combine paintings de Rauschenberg propõem múltiplas associações e leituras na medida em que não há temas predeterminados ou sentidos últimos que organizem os conjuntos. Nessa medida, estão muito distantes dos experimentos surrealistas, que usam a justaposição de materiais pela  livre associação como chave de acesso ao inconsciente.
As chamadas junk sculptures - que vêm à luz por meio dos trabalhos pioneiros de David Smith (1906-1965) - fazem uso de refugo industrial, sucatas e materiais descartados de todo tipo, o que já havia sido testado pelas esculturas de Pablo Picasso e Julio González (1876-1942). Os conjuntos evocam o ambiente caótico das cidades, o fluxo desordenado das ruas dos grandes centros, por exemplo, H.A.W.K (1959), de John Chamberlain (1927), construído com carcaças de automóveis, ou os trabalhos de Ettore Colla (1899-1968), que realiza suas obras com componentes de máquinas, sucatas e objetos quebrados, ou ainda as obras de Mark di Suvero (1933), com resíduos industriais (Mohican, 1967). Podem-se lembrar também as "acumulações junk" de Jim Dine (1935), combinando pinturas e ferramentas variadas (Five Feet of Colorful Tools, 1962) e as máquinas de Jean Tinguely (1925-1991), entre elas, Homenagem a Nova York: Obra de Arte que Se Autoconstrói e Se Autodestrói (1960), feita com fragmentos de máquinas, pedaços de bicicleta, piano vertical etc. Na Inglaterra, as esculturas de Anthony Caro (1924), da década de 1960, executadas com vigas, tubulações de alumínio, placas de aço etc., seguem as trilhas abertas pela obra de D. Smith.
Assemblages foram também realizadas no interior do chamado Novo Realismo da década de 1960, que tem como princípio a utilização de imagens triviais do imaginário da sociedade de massas e objetos de uso cotidiano (cartazes publicitários, imagens cinematográficas, fotos de revistas, plásticos, luzes néon etc.), trabalhados com base na idéia de bricolagem. Destacam-se os nomes de Arman (1928), conhecido por suas assemblages de objetos descartados (Arteriosclerose, 1961, e Acumulação de Bules Partidos, 1964) e Domenico Rotella (1918), que trabalha com cartazes publicitários rasgados (O Asfalto na Noite, 1962). No Brasil, é possível localizar procedimentos próximos ao da assemblage em alguns trabalhos de Wesley Duke Lee (1931-2010),Nelson Leirner (1932) e Rubens Gerchman (1942-2008) como O Rei do Mau Gosto (1966) - com tecido, vidro, asas de borboleta e tinta acrílica - Rochelle Costi (1961) - Toalha, Vegetais Mofados e Toalha, Flores Mortas (ambos de 1997) - e Leda Catunda (1961),Jardim das Vacas (1988) e Camisetas (1989).

Fonte: Itaú Cultural




22 de maio de 2013

Documentário "Lixo extraordinário", do artista plástico paulistano, radicado em Nova York, Vik Muniz




Obras do artista Vik Muniz, produzidas a partir de materiais recicláveis...











                                   





história do mosaico

      O mosaico é uma expressão artística na qual o artista organiza pequenas peças coloridas e as colam sobre uma superfície, formando imagens. As peças podem ser pequenos fragmentos de pedras, como mármore, granito, pedaços de vidro, seixos, pedras semipreciosas e outros materiais, sobre qualquer superfície, seja ela fixa ou transportável, plana ou não plana. Essa forma de arte já existe há milênios, pois do Oriente, os sumérios, por volta de sete mil anos atrás, já revestiam pilastras com cones de argilas coloridas e fixadas em massa, formando uma decoração geométrica.





"Estandarte de Ur"(3500 A.C), atual Iraque



       Os gregos e os romanos também utilizaram a técnica do mosaico no auge de suas culturas para decorarem os pisos e as paredes das construções.
       É importante saber que em 395 d.C., Teodósio, Imperador de Roma, dividiu seu império entre seus filhos Honório e Arcárdio. Roma tornou-se capital do Império Ocidental, que ficou com Honório, e  o Império Romano Oriental ficou com Arcádio, cuja capital passou a ser Constantinopla, antiga Bizâncio e atual Istambul. A arte bizantina  se desenvolveu  no Império Romano Oriental, e com ela a força da produção de mosaicos.

 
“Batalha de Issus” , Pompéia, 80 a.C, Museo Nazionale, Nápoles, Itália.


      
      Quando o Cristianismo passa a ser oficialmente a religião do Império Romano, a arte que vinha sendo produzida, uma arte de pinturas em paredes e tetos das catacumbas, os novos mausoléus e templos passam a ser decorados por mosaicos, abordando os temas religiosos. Neste período a técnica se desenvolve, os artistas se tornam mais hábeis, e a qualidade das obras aumentam devido o desenvolvimento da técnica, sendo a expressão máxima na arte bizantina .

 
Justiniano e Cortesãos, c. 547, San Vitale, Ravena, Itália



     A calçada portuguesa, conforme a conhecemos, foi empregada pela primeira vez em Lisboa no ano de 1842. O trabalho foi realizado por presidiários (chamados "grilhetas" na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o Tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado nesse pavimento foi de um traçado simples (tipo zig-zag) mas, para a época, a obra foi de certa forma incomum.




     
      

     Com a Revolução Industrial no final do século XIX e início do século XX,  o aperfeiçoamento das técnicas da arquitetura e da arte, também foi incorporada aos produtos industrializados, e assim, o mosaico passa a ser produzido em lajotas ou pequenos quadrados de cerâmica, que ao se unir formavam imagens decorativas surpreendentes em painéis coloridos.




       Em oposição à esterilidade da Era Industrial, surgiu entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial o estilo decorativo Art Nouveau. O estilo baseava-se em formas torcidas, floridas, linhas sinuosas e curvas, que contrapunham à aparência pouco estética dos produtos fabricados por máquinas.  O Art Nouveau foi usado com o máximo de eficiência na arquitetura de Antoni Gaudí (1852-1926), que ao utilizar a técnica do trencadis, desenvolveu uma estética própria na sua arte, utilizando recursos do mosaico em sua arquitetura. O Parque Güell, a Casa Milá e a Casa Batló, na Espanha, são exemplos fabulosos da multiplicidade de técnicas utilizadas, incluindo o mosaico.




          O trencadís (do catalão: trencat, em português: quebrado) é uma técnica decorativa que consiste na criação de mosaicos com pedaços irregulares de cerâmica ou outros materiais de fácil fragmentação.
         As vantagens do trencadís incluem a rápida aplicação, a grande espontaneidade de desenho e o fato de permitir a utilização de restos de materiais que de outra forma não seriam aproveitáveis.
          No Parque Güell, por exemplo, Jujo, discipulo de Gaudí,  usou essencialmente pedaços de mosaico, louça e garrafas (incluindo o seu próprio conjunto de jantar), mas também materiais pouco usuais como um fragmento de uma boneca.
        Diz-se que por indicação de Gaudí, os operários tinham por hábito recolher os pedaços de cerâmica e vidro que encontrassem no lixo a caminho do trabalho; tendo-se igualmente tornado costume para os barceloneses empilhar junto à obra,  cerâmicas, louças e porcelanas que estavam em desuso ou quebradas em suas residências, para serem recicladas na construção do parque.







        No Brasil, destaca-se as obras de Burle Marx para o bairro de Copacabana, que inclui a preservação das ondas em pedra portuguesa junto à orla . O paisagista refez os desenhos originais dos calceteiros portugueses, realçou sua sensualidade na medida da ampliação do calçamento e manteve o paralelismo com as ondas do mar, que fora implantado na reforma de 1929 pelos calceteiros já habilitados no Brasil.  No canteiro central da Avenida e no piso junto aos edifícios, Burle Marx aplicou novos desenhos, com pedras pretas e vermelhas (basalto) e brancas (calcáreo).




São Jose dos Campos, SP

Já nos anos cinqüenta, o arquiteto, paisagista e artista plástico passou a usar o material “da moda” na época, as pastilhas de vidro, em pisos e paredes das construções.

 
     Sítio Roberto Burle Marx


       Nos dias de hoje, o mosaico continua sendo utilizado na arquitetura e decoração de interiores, seja ele aplicado em áreas internas ou externas, ou em peças fixas ou móveis.


Créditos:
Fontes
CALABRIA, Carla Paula Brondi, MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção, 2, Arte Ocidental. São Paulo: FTD, 1997.
COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000
STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: da pré-história ao pós-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004




15 de março de 2013

Customização de móveis e objetos



Como ficou.....


                                                                        Como era.....
 


Como ficou......

  

Como era antes.....


 Antes
     Luminária com cúpula lisa


Luminária com cúpula em chita